quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pensamentos

Não me olhes agora que estou
mais velho... e não correspondo em
nada ao homem que
amaste!


Procura encarar a tristeza
sem me incluíres, seria demasiado
cruel que me usasses para a
dor. Para ti quis trazer as coisas mais belas
e em tudo o que fiz pus o
cuidado meticuloso de quem
ama. Não me obrigues a cortar os
pulsos quando fores num minuto ao
jardim com o cão!

Esta noite, sem notares, sustive a
respiração e quase morri, não deste
por nada e julgaste que voltei a
ressonar e até terás esboçado um
sorriso e se eu pudesse morrer
enquanto sorris, eu pergunto:

- Deixo para depois, ou talvez
desista? Mas não pode ser se
tu me olhares em busca de tudo o que
já não existe. Não pode ser, levo a
dor maior para debaixo do meu
travesseiro, juro-te que me
desisto se continuares assim....

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Luz

Flor de luz, reluz...
Brilha o tempo é teu...
Volta tudo atrás...
E trás o que foi meu...

Fridas vais sarar...
Do que aconteceu...
Salva o que eu perdi...
E trás o que foi meu...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eu


Aprendi que amores eternos podem acabar hoje, que grandes amigos podem tornar-se grandes inimigos, que o Amor, sozinho, não tem a vitalidade que imaginei, que ouvir os outros pode ser o melhor remédio e o pior veneno, que nunca conhecemos uma pessoa de verdade, afinal gastamos uma vida inteira para nos conhecermos a nós mesmos, que confiança não significa luxo, mas sim sobrevivência, que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram, que o “nunca mais” nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba, que vou sempre surpreender-me, seja com os outros ou comigo, que vou cair e levantar-me milhões de vezes... e ainda não vou ter aprendido tudo!
Aprendi que amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz, cabe-me a tarefa de apostar nas minhas capacidades e realizar os meus sonhos... Aprendi que as pessoas mais queridas podem às vezes ferir-me muito e talvez não me amem tanto quanto eu gostaria, o que não significa que não me amem muito, talvez até seja o máximo que conseguem... isso e o mais importante. Aprendi que o tempo é muito importante e não volta atrás, por isso, não vale a pena resgatar o passado, o que vale a pena é construir o futuro sem deixar de viver o presente! Aprendi que o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem, por isso existem momentos inesquecíveis... Coisas inexplicáveis... Pessoas incomparáveis! Todos os momentos vividos são únicos...são somente meus... Ninguém os poderá apagar. Vão existir num momento que se chamará SEMPRE... Ninguém os poderá partilhar... somente quem os vive e quem um dia os sentiu... Momentos meus, teus, nossos. Momentos inesquecíveis! Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre! Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir o meu coração... não me façam ser quem não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou igual a mim! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentira, não sei voar de pés no chão! Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei o mesmo para sempre!

domingo, 17 de julho de 2011

Inevitável dor do amor

(O Amor) É inevitável, faz parte da combustão da natureza, é força, mar, elemento, água, fogo, destruição, é atmosfera, respira-se, quando se morre abandona-se, o amor deixa, fica isolado, é um elemento, come-se, bebe-se, sustenta pão, pão diário para rico e pobre, pão que ilumina o forno do amassador, aparece nas condições mais estranhas, bicho que nasce, copula dentro de si mesmo, paira, espermatozóide e óvulo, as duas coisas ao mesmo tempo, amor é assim outro elemento fundamental da natureza, as pessoas vivem tanto com o amor, ou tão alheias do amor, que nem notam, raro percebem que o amor existe, raro percebem que respiram, que a água está, é indispensável, ninguém pode viver alheio aos elementos, ao amor

sábado, 16 de julho de 2011

Eu ontem vi-te

...Eu ontem vi-te...
Andava a luz
Do teu olhar,
Que me seduz
A divagar
Em torno a mim.

E então pedi-te,
Não que me olhasses,
Mas que afastasses,
Um poucochinho,
Do meu caminho,
Um tal fulgor
De medo amor,
Que me cegasse,
Me deslumbrasse
E me deixasse
Amar assim.

Obrigado

Por tudo o que me deste: Inquietação, cuidado,
Um pouco de ternura? É certo, mas tão pouco!
Noites de insónia, pelas ruas, como um louco...
Obrigado, obrigado!

Por aquela tão doce e tão breve ilusão.
Embora nunca mais, depois que a vi desfeita,
Eu volte a ser quem fui, sem ironia: aceita
A minha gratidão!

Que bem me faz, agora, o mal que me fizeste!
Mais forte, mais sereno, e livre, e descuidado...
Sem ironia, amor: Obrigado, obrigado
Por tudo o que me deste!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nas tuas mãos...

Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e pelas as coisas,
Nada contava nem tinha nome
O mundo era do ar que esperava.
E conheci casas cinzentas,
Túneis habitados pela lua,
Lugares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e desprotegido,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e a tua pobreza
Elimiram a tristeza fria de um outro dia
De dádivas puras no meu coração
Mais quente que o calor do verão,
As tuas mãos grossas e fortes
Vibravam que nem cortes
Na pele veludo encarnado
De amor sincero carregado
Amaldiçoado e rasgado mas teu,
E eu vou andar e nunca vou correr
Só pra não te perder

Amor e mar

Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.

Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi

desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amor sentido

De que nos vale esta pureza,
Sem ler fica-se pederneira,
Agita-se a solidão cá no fundo,
Fica-se sentado à soleira,
A ouvir os ruídos do mundo,
E a entendê-los à nossa maneira.

E do resto entender mal,
Soletrar assinar de cruz,
Não ver os vultos furtivos,
Que nos tramam por trás da luz

Carregar a superstição,
De ser pequeno ser ninguém
Mas não quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amor igual

Não consigo compreender as emoções,
Nem as minhas nem das multidões
Eu paro e ponho-me a pensar
Nós nunca somos iguais ...

Quantas tardes, noites e serões,
Tantos risos, histórias e paixões
Que acabam nos dias mais banais
Nós nunca somos iguais ...

Um jurou eterno amor para depois deixar
O que tanto desejou
Outro chorou ao sentir a dor,
Para mais tarde festejar
Que o desejo terminou
Não vou pensar
Que nao sabemos demais
Nem vou chorar
Porque nós nunca somos iguais ...

Uns que evitam sempre tentações,
Outros pedem sempre mil perdões,
Erramos com a certeza de acertar
Nós nunca somos iguais ...

Um jurou eterno amor para depois deixar
O que tanto desejou
Outro chorou ao sentir a dor,
Para mais tarde festejar
Que o desejo terminou
Não vou pensar
Que nao sabemos demais
Nem vou jurar que os loucos não são normais
Nem vou pensar que nós sabemos a mais
Nem vou chorar
Porque nós nunca somos iguais ...

http://www.vagalume.com.br/donna-maria/nos-nunca-somos-iguais.html#ixzz1RBEpH9am

terça-feira, 28 de junho de 2011

Quero ...

Quero mais de ti, quero mais de mim
Quero mais de toda a gente, que todos juntos façam
frente
Que os mudos gritem alto que todos façam algo
Que torne o coração mais quente
Convençam o vizinho que ninguém ganha sozinho
Que a batalha é muito dura e será dente por dente.
Comer comida "light" para que a roupa nos assente
O corpo está saudável mas a mente está demente.
Que consciência é esta que finge que não vê.
A fome é bem real e não é só na TV
A esperança nunca morre a não ser para quem não come
A guerra não perturba a não ser a quem não dorme.

Amor, porque não ?

Porque não esquecer o coração?
Porque não pecar sem ter perdão
Perder toda a razão porque não?
Porque não um filme sem guião

Porque não um tema sem refrão
Cantar esta canção porque não
Porque não pular com a mutidão
Porque não sorrir da solidão
Gritar na escuridão porque não?
Por aqui, por aí, porque sim
Sem ter aprovação
Sou o normal e sou a loucura
Não me peçam para ter razão
Porque não um mundo e uma nação
Porque não sem bomba no Islão
Nem fome no Sudão porque não?

Guardar a confissão
Porque não umbigo sem cordão
E Eva ser Adão porque não?

Tudo o que é da vida, herdou sentido...

Amor, é engraçado como a vida nos prega partidas
Quanto mais forte pensamos que somos caímos em armadilhas...

Foi por ti que eu roubei, dei-me a ti, só por ti pequei
Mas por mim, partirei, sei que não voltarei para dizer, meu amor
Nunca pensei que fosse fácil para mim
Que fosse fácil para ti, mas tentei
Não ser sombra de ti
E ter desejos para mim
Não ser apenas a luz do jardim...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Libertação de amor

Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena
Amar, e sempre amar a quem mais clama
O nosso desamor feito dilema
Dar e não saber se quem recebe
É cego ou não quer ver toda a saudade
Que existe, e que persiste e não percebe
O triste deste amor em fim de tarde
Ninguém mais do que tu foi tão verdade
Das coisas que nos dão razão à vida
Prisão que ontem foi de liberdade
E hoje se transforma em chaga viva
Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena
Manter nesta paixão acesa a chama
Ou apagar num sopro este dilema
Sem dar mais alma a este poema
Vou fechar o coração a todo o drama

Mais que um amor no mundo

No dia em que te perdi
Perguntei mas não insisti
Queimei as minhas certezas e parti
Se o sol não nos iluminou
E o nosso corpo triste se apagou se o nosso disco nunca mais tocou
foi a tua alma que me deixou ...

Se o barco não regressou
E a nossa frágil história naufragou
Nem sempre quem jurou amar
Amou
Mas, guardo tudo...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rosa sangue

É só o amor desfeito,
rosa sangue ao peito lágrima que deito sem voltar atrás,
cresce e contamina colhe a luz a vida e afinal ensina, quebra, DOBRA A DOR E ENTREGA AMOR SINCERO
honra tanto espero, cabe ao desespero é simples
tudo o que é pra viver dou sentido
tem de se for tido sabe ser vivivo
fala-te ao ouvido e nasces TU


Rosa sangue - AMOR ELECTRO

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A espera

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não vou procurar quem espero!

Nunca quis saber, nunca quis acreditar
Que irias partir não podias cá ficar
Nunca quis escutar e muito menos quis ouvir
O teu silencio que avisava o intenção de não voltar
Podes crer
Bem que me disseram para nunca me dar a uma pessoa ou a um lugar
Podes crer
Se um homem nunca chora, de que servem estes olhos se nao podem mais te ver?
Queria ver, queria saber
O que fazias tu? Que estás aqui a observar?
Estás a ver? Estás a perceber?
Pode ser que um dia a se gente volte a se encontrar, agora embora, agora sem demora
Deixa-me ficar aqui sozinho para pensar, agora agora, que a minha alma chora
Como diz alguém vou me perder pra me encontrar
Nesse choro triste desespero teu quero te dizer aqui e agora que nada se perdeu
Neste mesmo instante a minha alma gritou, foste-te embora mas o meu Amor ficou!