terça-feira, 28 de junho de 2011

Quero ...

Quero mais de ti, quero mais de mim
Quero mais de toda a gente, que todos juntos façam
frente
Que os mudos gritem alto que todos façam algo
Que torne o coração mais quente
Convençam o vizinho que ninguém ganha sozinho
Que a batalha é muito dura e será dente por dente.
Comer comida "light" para que a roupa nos assente
O corpo está saudável mas a mente está demente.
Que consciência é esta que finge que não vê.
A fome é bem real e não é só na TV
A esperança nunca morre a não ser para quem não come
A guerra não perturba a não ser a quem não dorme.

Amor, porque não ?

Porque não esquecer o coração?
Porque não pecar sem ter perdão
Perder toda a razão porque não?
Porque não um filme sem guião

Porque não um tema sem refrão
Cantar esta canção porque não
Porque não pular com a mutidão
Porque não sorrir da solidão
Gritar na escuridão porque não?
Por aqui, por aí, porque sim
Sem ter aprovação
Sou o normal e sou a loucura
Não me peçam para ter razão
Porque não um mundo e uma nação
Porque não sem bomba no Islão
Nem fome no Sudão porque não?

Guardar a confissão
Porque não umbigo sem cordão
E Eva ser Adão porque não?

Tudo o que é da vida, herdou sentido...

Amor, é engraçado como a vida nos prega partidas
Quanto mais forte pensamos que somos caímos em armadilhas...

Foi por ti que eu roubei, dei-me a ti, só por ti pequei
Mas por mim, partirei, sei que não voltarei para dizer, meu amor
Nunca pensei que fosse fácil para mim
Que fosse fácil para ti, mas tentei
Não ser sombra de ti
E ter desejos para mim
Não ser apenas a luz do jardim...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Libertação de amor

Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena
Amar, e sempre amar a quem mais clama
O nosso desamor feito dilema
Dar e não saber se quem recebe
É cego ou não quer ver toda a saudade
Que existe, e que persiste e não percebe
O triste deste amor em fim de tarde
Ninguém mais do que tu foi tão verdade
Das coisas que nos dão razão à vida
Prisão que ontem foi de liberdade
E hoje se transforma em chaga viva
Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena
Manter nesta paixão acesa a chama
Ou apagar num sopro este dilema
Sem dar mais alma a este poema
Vou fechar o coração a todo o drama

Mais que um amor no mundo

No dia em que te perdi
Perguntei mas não insisti
Queimei as minhas certezas e parti
Se o sol não nos iluminou
E o nosso corpo triste se apagou se o nosso disco nunca mais tocou
foi a tua alma que me deixou ...

Se o barco não regressou
E a nossa frágil história naufragou
Nem sempre quem jurou amar
Amou
Mas, guardo tudo...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rosa sangue

É só o amor desfeito,
rosa sangue ao peito lágrima que deito sem voltar atrás,
cresce e contamina colhe a luz a vida e afinal ensina, quebra, DOBRA A DOR E ENTREGA AMOR SINCERO
honra tanto espero, cabe ao desespero é simples
tudo o que é pra viver dou sentido
tem de se for tido sabe ser vivivo
fala-te ao ouvido e nasces TU


Rosa sangue - AMOR ELECTRO

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A espera

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não vou procurar quem espero!

Nunca quis saber, nunca quis acreditar
Que irias partir não podias cá ficar
Nunca quis escutar e muito menos quis ouvir
O teu silencio que avisava o intenção de não voltar
Podes crer
Bem que me disseram para nunca me dar a uma pessoa ou a um lugar
Podes crer
Se um homem nunca chora, de que servem estes olhos se nao podem mais te ver?
Queria ver, queria saber
O que fazias tu? Que estás aqui a observar?
Estás a ver? Estás a perceber?
Pode ser que um dia a se gente volte a se encontrar, agora embora, agora sem demora
Deixa-me ficar aqui sozinho para pensar, agora agora, que a minha alma chora
Como diz alguém vou me perder pra me encontrar
Nesse choro triste desespero teu quero te dizer aqui e agora que nada se perdeu
Neste mesmo instante a minha alma gritou, foste-te embora mas o meu Amor ficou!

domingo, 5 de junho de 2011